O abalo no alcance orgânico do LinkedIn
Nos últimos dias o LinkedIn realizou alterações importantes no seu algoritmo e isso pode impactar a sua estratégia de conteúdo por lá. O que você está fazendo para contornar as mudanças do algoritmo?
Fala RevLeaders! E aí? Como foi o primeiro semestre de 2023? A sensação por aí também é de que o tempo está indo rápido demais?
Dentre as diversas novidades que 2023 vem nos proporcionando, teve uma que chacoalhou o LinkDisney nos últimos dias:
O algoritmo do LinkedIn mudou! Para continuar crescendo por lá, é preciso ser intencional na sua estratégia de conteúdo (caso queira se valer dos benefícios do alcance orgânico nesta plataforma)!
Na verdade, o LinkedIn vem seguindo a cartilha que todas as demais redes que cresceram seguiram no passado. A redução do alcance orgânico é o principal efeito colateral do crescimento da quantidade de usuários, aumento do tempo dentro da plataforma e consequentemente, da maior necessidade de monetizar esta audiência crescente.
O LinkedIn está tentando resolver um problema
Um problema bom, eu diria: A produção de conteúdo e o engajamento na rede estão aumentando. E essa é uma baita de uma boa notícia para o Tio Gates (dono da plataforma).
Números recentes:
Quantidade de usuários na plataforma: 935MM (Julho/2023);
Quantidade de decisores: 65MM (Dez/2022);
Crescimento YoY (Year-over-Year) de 42% no compartilhamento de conteúdo (de 2021 a 2023);
Crescimento YoY de 27% na visualização de conteúdo (2021 a 2023);
3 novos profissionais ingressam na rede a cada segundo;
O problema:
A pandemia fez com que as pessoas compartilhassem mais conteúdo lá no LinkedIn. O problema? Grande parte deste conteúdo começou a perder a essência do IN: Selfies, fotos de família e memes (conteúdos tipicamente postados no Facebook).
Mais ainda, muitos usuários começaram a tentar “burlar” o algoritmo com curtidas e comentários sem relevância alguma com o objetivo de “viralizar”.
Resultado disso?
Feed poluído e conteúdo sem contexto! Se o pessoal do IN não agisse, a tendência de crescimento poderia ser inevitavelmente revertida e poderíamos começar a ver uma debanda de usuários da rede (ou pelo menos a diminuição do engajamento).
As duas grandes mudanças
A meta é melhorar a qualidade do feed, manter o crescimento da base de usuários e aumentar ainda mais o tempo dentro da plataforma. Sendo assim, as duas principais mudanças foram:
1 . Seu conteúdo será priorizado para os seus followers (conexões de 1o grau)
Se você intencionalmente escolhe quem seguir, o óbvio seria que o seu feed tivesse mais conteúdo dessas pessoas que você escolhe seguir, correto?
Pois é,… E é exatamente isso que vai acontecer agora! O LinkedIn relata que teve um aumento de 10% na visualização de posts de quem seguimos na rede.
A verdade é que neste “novo normal”, a palavra viralização é cada vez menos incentivada/desejada no IN.
2 . Posts na categoria “conhecimento e conselhos” serão priorizados
Aqui é a forma de sair da sua “bolha” (ou seja, o seu conteúdo atingir conexões de segundo, terceiro e demais graus).
O problema é:
Como reconhecer se um conteúdo entra na categoria de conhecimento/conselho?
O Daniel Roth (VP no LinkedIn) respondeu da seguinte forma:
"We are looking to see that you are building a community around content, and around knowledge-sharing that you are uniquely qualified to talk about."
Resumindo:
Chegou a era dos(as) EXPERTS! E é isso que o LinkedIn vai priorizar/privilegiar: Conteúdo autêntico, em torno da sua área de expertise e que vai ser extremamente útil para a comunidade que você construiu e que te segue por lá!
Fala aí? Muito legal isso né?
Eu particularmente gostei muito disso. Sabe por que? Pois já é o que venho fazendo nos últimos meses. E se você também está seguindo essa linha, não tem o que temer, o seu alcance está garantido!
Fatores que reforçam esta tese e que comprovam que o seu post entra na categoria de conhecimento/conselho:
Os seus posts conversam com uma audiência específica;
Você escreve sobre a área em que possui mais expertise (Subject-Matter-Expert / SME);
Os comentários/threads que são criadas no seu post são densos e valiosos (e não apenas comentários rasos vindos de “redes de engajamento”);
O seu post contém insights e perspectivas sobre o seu mercado (e não apenas conteúdos genéricos).
Como as publicações são selecionadas
As publicações são selecionadas/priorizadas no feed do LinkedIn a partir de alguns critérios principais:
1 . Qualidade
Alguns critérios de qualidade precisam ser satisfeitos:
O conteúdo é escrito de uma forma legível, cadenciada (com parágrafos) e oviamente sem erros gramaticais;
Possui CTAs (call-to-action) para ações de engajamento;
Não contém links externos (quando necessário, sempre lembrar de posicionar nos comentários);
Não possui muitas hashtags (ideal de 3 #s).
2 . Teste dos 90 minutos com audiência menor
Durante os primeiros 90 minutos o LinkedIn faz um teste de engajamento com o substrato da sua audiência/seguidores (e neste momento as reações, curtidas, comentários e tempo gasto no post são contabilizados).
Se passou neste teste, seguir para o próximo item!
3 . Distribuição para uma audiência maior
Quando o conteúdo passa pelos itens 1 e 2, o LinkedIn entende que este é um conteúdo de potencial e a distribuição do seu conteúdo é amplificada e apresentada para uma audiência maior.
Como o engajamento é calculado
Alguns critérios geram uma amplificação do alcance. Vamos lá?
Uma curtida na sua publicação equivale a 1 visualização adicional no post;
Um clique em “Veja mais” equivale a 4 visualizações adicionais;
Um compartilhamento equivale a 7 novas visualizações;
Um comentário equivale a 12 novas visualizações.
Em resumo? Comentário é REI (é a reação que gera mais amplificação orgânica da sua publicação)!
Resumo do algoritmo em 2023
Um estudo sobre o algoritmo do LinkedIn em 2023 resumiu uma boa parte destas tendências. Segue abaixo (me economizará umas boas linhas aqui nesta news):
Algumas boas práticas para seguir:
Use emojis (máximo de 10 por post);
Escreva posts maiores (1200 - 1800 caracteres);
Não seja o primeiro a comentar na publicação;
Utilize de 2 a 3 hashtags por post (no máximo 5);
Não edite o post nos primeiros 10 minutos da publicação;
Não marque mais do que 15 pessoas em um post;
Procure postar nos melhores dias e horários (porém fora dos horários de pico / por exemplo entre as 6am e 8am / ao invés das 9h às 11h que é o horário onde você vai competir com todos no feed);
Aproveite a primeira hora de postagem para realizar uma boa distribuição e contar com um bom engajamento inicial (assim o post é melhor priorizado);
Posts em PDFs/Slides são excelentes em termos de engajamento (e possuem a vantagem também de serem melhor indexados no Google/SEO);
Marque (com moderação e cautela) pessoas que possuem alta relevância com a sua postagem (cuidado para não se tornar um(a) spammer e marcar todo mundo toda vez);
Engaje em outros posts (e não somente nos seus posts / o LinkedIn prioriza autores que participam de conversas/discussões e que saem da sua própria bolha de engajamento);
Qualidade sempre será melhor que Quantidade (poste ao menos 3x por semana / e se não der, foque em produzir conteúdo de qualidade ao invés de apenas cumprir a tabela);
Seja um(a) expert em hooks/ganchos (você possui 2 missões: Segurar o seu leitor por mais que 8 segundos na publicação e fazê-lo(a) clicar em “veja mais”).
LinkedIn não é mais lugar para “viralizar”
Não que isso não vá acontecer,… E é bem legal quando acontece. É legal se sentir uma celebridade-por-um-dia!
No entanto não é isso que vai ser valorizado mais. Muito pelo contrário, a tendência é que isso seja cada vez menos reconhecido/remunerado (em forma de visualizações).
E se você quer utilizar técnicas de viralização, talvez seja a hora de procurar outras redes mais novas/recentes (Tais como o TikTok ou a Threads, recém-lançada ontem pelo Tio Zuck), que por sinal está bombando em termos de novos usuários / mas isso fica para uma próxima news.
A era da experiência
Isso não é mérito apenas do LinkedIn em 2023. As soluções que melhor performam em seus nichos (incluindo as redes sociais) são aquelas que mostram conteúdo com contexto para os seus usuários (e descartam tudo aquilo que não é relevante).
Em um mundo onde apenas conteúdos relevantes prosperam, certamente o tempo de uso dentro da plataforma não só se manterá mas também continuará crescendo.
Mais tempo dentro da plataforma, mais anúncios relevantes consumidos, anunciantes felizes com os seus CTR, CPM, CPC e CAC (que por sua vez performam melhor).
Resultado disso? A rede social (neste caso o #IN recebe mais investimentos em mídias pagas).
O alcance orgânico vai cair?
A resposta é simples: Sim e Não!
Se você posta conteúdo genérico, selfies, panfletagens digitais, posts-estilo-Facebook, a resposta é SIM. O alcance irá diminuir;
Se você é um(a) líder de pensamento (thought-leader) na sua indústria/segmento, o seu alcance orgânico provavelmente irá manter ou até melhorar.
Obviamente o #IN quer fazer mais dinheiro com todas estas pessoas que entraram na plataforma (e principalmente com o aumento expressivo da produção de conteúdo na rede).
Com o aumento da quantidade de creators, a diminuição do alcance orgânico para conteúdos genéricos e com o aumento da exposição de conteúdos pagos, obviamente o jogo se tornará cada vez mais interessante, desafiador e estratégico.
Acredito que acabou a era dos(as) Influencers/Top Voices “rasos”.
Badge azul e LinkedIn Creators
O jogo está ficando cada vez mais estratégico. E isso quer dizer que você precisa conhecer as regras do jogo para continuar crescendo no IN.
Junto ao badge azul, parece que vieram algumas regalias. Vejam esse exemplo do Tim Queen (LinkedIn Expert):
Neste caso, o botão “Seguir” atrelado a uma publicação, aparece agora apenas para perfis verificados com o badge azul.
Um outro ponto que influencia bastante é o SSI (Social-Selling-Index). Este é o meu na data de hoje:
A sacada aqui é:
Para perfis com SSI entre 70 e 100, o alcance orgânico tende a ser 25% maior.
Partiu alavancar o SSI? A entrega e o alcance das suas postagens agradecem! :-)
Alguns sinais sobre LinkedIn Ads
Tudo ainda é muito novo, principalmente no que tange anúncios pagos no LinkedIn em 2023.
O Liam Moroney (Expert em LinkedIn Ads) fez um experimento bem interessante e os resultados foram animadores. Basicamente ele criou dois grupos de anúncios para uma mesma audiência (Um anúncio pago em um post de um expert versus um anúncio normal no feed). Vejam o experimento:
Um resumo:
CTR bem maior (11x);
CPM maior (4,5x);
CPC menor (0,4x).
Vamos continuar acompanhando a difusão deste tipo de mídia aqui no Brasil e ver se os indicadores continuam animadores!
No fim, o jogo vai ficando cada dia mais sofisticado e é preciso dominar as regras! O que você achou destas mudanças? Responda esse e-mail aqui com a sua opinião,… Vou adorar ler e responder!
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Se você chegou até aqui, muito obrigado pela sua leitura! Nos vemos na próxima quinta-feira! :-)
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Muito boa essa edição. Parabéns.